sexta-feira, 25 de junho de 2010

"Como não errar for dummies"

As palavras… essas não as leva o vento, leva a memória! Só lamento essa facilidade em esquecer, essa facilidade em fingir que nada se passou. Falar é fácil, talvez por isso sempre preferi conversar, sempre preferi agir, fazer tudo da forma mais difícil, realizando tudo quanto me fosse objectivo. Falhando tantas vezes à conta de falácias, que me foram, e que me impingi… mas o tempo tanto quanto leva, trás de volta.

Por isso vou escrever um manual, “Como não errar for dummies”. Fácil será, sendo que basta olhar para o meu curto percurso existencial, procurar uma boa fita métrica para medir os erros, calcular a distancia destes, e um pouco mais, a sua projecção no futuro. O manual não tem respostas, não é claro, talvez até seja necessário reler várias vazes para perceber algumas partes. Agora se isto parece confuso, imagina a minha cabeça após esse somatório de quilómetros e subtracção de palavras…

É bom quando nos perdemos em frases, quando algumas palavras são o suficiente para nos fazer sonhar, quando essa voz se torna em tudo… mas é apenas isso, e as palavras borram-se da memória e borram-se do papel. Ai esta o meu maior problema, e é por isso que consigo escrever este manual, porque eu não esqueço. Sendo que cada uma dessas palavras fica marcada como uma ferida no corpo (uma ferida que passa por várias fazes, a pele saudável, o corte, o sangrar, o penso para evitar que infecte e disfarçar, a infecção, o sarar…), mas contudo, mesmo depois de sarar fica uma cicatriz, e essa zona torna-se mais sensível… tanto que quando lá tocam, parece que ainda esta aberta. Por isso muito cuidado com as zonas do corpo que feres, pois talvez um dia mais tarde, já ninguém lhes possa tocar, nem tu próprio.

Ah… quanto ao manual… esse não pode ser escrito, pois os erros, são a parte divertida da vida.

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