sexta-feira, 25 de junho de 2010

"Como não errar for dummies"

As palavras… essas não as leva o vento, leva a memória! Só lamento essa facilidade em esquecer, essa facilidade em fingir que nada se passou. Falar é fácil, talvez por isso sempre preferi conversar, sempre preferi agir, fazer tudo da forma mais difícil, realizando tudo quanto me fosse objectivo. Falhando tantas vezes à conta de falácias, que me foram, e que me impingi… mas o tempo tanto quanto leva, trás de volta.

Por isso vou escrever um manual, “Como não errar for dummies”. Fácil será, sendo que basta olhar para o meu curto percurso existencial, procurar uma boa fita métrica para medir os erros, calcular a distancia destes, e um pouco mais, a sua projecção no futuro. O manual não tem respostas, não é claro, talvez até seja necessário reler várias vazes para perceber algumas partes. Agora se isto parece confuso, imagina a minha cabeça após esse somatório de quilómetros e subtracção de palavras…

É bom quando nos perdemos em frases, quando algumas palavras são o suficiente para nos fazer sonhar, quando essa voz se torna em tudo… mas é apenas isso, e as palavras borram-se da memória e borram-se do papel. Ai esta o meu maior problema, e é por isso que consigo escrever este manual, porque eu não esqueço. Sendo que cada uma dessas palavras fica marcada como uma ferida no corpo (uma ferida que passa por várias fazes, a pele saudável, o corte, o sangrar, o penso para evitar que infecte e disfarçar, a infecção, o sarar…), mas contudo, mesmo depois de sarar fica uma cicatriz, e essa zona torna-se mais sensível… tanto que quando lá tocam, parece que ainda esta aberta. Por isso muito cuidado com as zonas do corpo que feres, pois talvez um dia mais tarde, já ninguém lhes possa tocar, nem tu próprio.

Ah… quanto ao manual… esse não pode ser escrito, pois os erros, são a parte divertida da vida.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Alcool e cigarros

Enquanto respondo a um quizz estúpido do facebook, encontro um texto que se refere ao amor, à perda de quem amamos. Numa frase de afirmação o autor diz que na perda, há quem se drogue, tome calmantes, beba, fume, viaje para fugir. E refere que nenhuma destas atitudes mata a saudade.
Ninguém sabe ao certo o que diz no momento da perda… não existe recompensa, em fugir ou poluir o corpo com qualquer tipo de drogas, locais, ou até com o corpo de outrem. A mágoa persegue cada um á sua maneira. Mas hoje eu experimento e sinto como todas elas ajudam; é estúpido, mas o fumo de um cigarro consola-me na companhia de silêncio, de silencio visual, de qualquer tipo de silencio sensorial. O álcool conforta, inunda a alma, preenche-a, e eleva o espírito, deixa-nos atordoados e esvaziando a mossa cabeça, o corpo fica dormente e parece que não sente. Dá-nos turvos momentos de alegria. Uma viagem feliz onde consigo ver tornada real, toda e qualquer vontade que eu tenha.
É estúpido perceber como nada nos ajuda nestes momentos. Mas hoje, e noutros dias, percebo e agradeço pelo conforto que me deram.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Night is ok...

http://www.youtube.com/watch?v=783RXCzgePw

terça-feira, 8 de junho de 2010

Assim sou...

Eu faço colecção de beatas. Que nada têm de religioso. Guardo-as porque não me basta aquele cheiro horrível nos dedos, pois estes depois de lavados perdem toda e qualquer recordação. Com elas guardo todas as canções que ouvi durante uma noite, enquanto recosto a cabeça sobre o seu último fio de fumo, turvo e inconstante que se dissipa em poucos segundos.
Por vezes guardo larvas de frutos proibidos, passados do prazo por tanto tempo esquecidos no cesto. Porque amores que matam, nunca morrem. Por isso, não como uma maçã todos os dias. Não tenho piedade, e por isso mesmo, criança de tristes olhos, apodrece. Porque o amor quando não morre, mata.
A vida comigo vai-se juntamente com aquilo que escrevo. Tal como uma garrafa, a par, de toda a incompreensão, e dessa amante oportuna que se chama Memória, e que todas as noites, de todas elas, foi, e é sempre, a única fiel e que me deixou sempre a porta aberta.