sexta-feira, 10 de julho de 2009

Erros

São estes os dias da nossa vida, aqueles em que as coisas más eram tão poucas, as preocupações, insignificâncias, e o remorso não existia. Sentimento que nos dias de hoje se coadunam criando qualquer coisa de fantástico, capaz de influenciar as nossas atitudes da forma mais espantosa. Surpreendente de tal maneira, que os mais fascinados com essas atitudes somos nós. Rever por momentos esses pontos fulcrais sem retorno, marcados de forma latente no funcionar da memória, colidindo e mesclando-se até obrigar-nos a explodir… enche, enche, enche… e sem saber engorda a nossa mágoa, a nossa própria mágoa. O errante.
Olhas para traz e mudas-te, hoje o espelho mostra uma cara mais velha, uma cara mais fria. As tuas atitudes para com os outros mudam, simplesmente a inocência foi-se… com esta perda descobres a moral, e descobres também que esta é formada por um vasto conjunto de itens, que se alteram tanto quanto tu precisas. Aí descobres a moralidade duvidosa, e descobres que a podes manipular, manipular-te, e descobres também que ela te pode magoar, e que tu te podes magoar, e que podes magoar os outros; o tempo faz parte dela, a memória também… o problema é que deturpamos essas memórias com o passar do tempo, alterando constantemente essa moralidade.
A par de tudo, olhas para frente, trazes a mágoa do passado, trazes uma personalidade duvidosa que expressas através dessa moralidade… Olhas um pouco mais adiante, e o que vai ser de ti?! Um reflexo do passado, uma pessoa diferente… e não sabes o que será de ti, ficas com receio, a solidão, os erros… como assusta o desconhecido. Precisas de ajuda para continuar, alguém que te ajude a dar um passo, que esteja lá quando caíres, que te imponha uma moral correcta! E no final, para quê envelhecer, para quê saber mais, para quê perder toda a inocência… olhas bem para trás, pensas bem no futuro, e descobres que a única constante em todo esse percurso é, o amor.

Sem comentários:

Enviar um comentário